Durante o período da quarentena, ao menos aqui em Salvador, choveu demais! Tivemos semanas de chuva, e episódios de mais de três dias sem Sol de verdade e com chuva quase que ininterrupta. Segundo os serviços de meteorologia da capital em determinados períodos de apenas 13 dias, choveu mais do que a média esperada para todo o mês de maio, e ainda segue chovendo bastante. Para alguns religiosos um castigo de deus ou uma dádiva para mostrar o quão poderoso ele é e ainda está a colaborar para que as pessoas fiquem em casa; para os espiritualizados ecossistêmicos um recado da mãe natureza pedindo que fiquem em casa e uma forma de desintoxicação da natureza; para os que realmente estão em casa em segurança sem maiores privações básicas e gostam de tempo chuvoso é algo magnífico para ficar nos lençóis vendo filme, engordando, lendo livros e berrando “Fique em casa!” para quem infelizmente não pode; para os que sequer tem aonde dormir ou moram em situação de risco, um sinal de punição, de desespero e alerta de dias ainda mais difíceis.
Independente de crenças, ecossistemas e desejos, a chuva caiu e ainda cai incansável, tirando de quem não tem, ceifando algumas vidas, alimentando boas sensações, mofo e obesidade, gerando alguns frutos, engarrafando trânsitos, criando tarifa dinâmica no Uber e atraso nas entregas entre outras coisitas. Seja alagando ou lavando, eu imagino que talvez se durante essas chuvas jogássemos água sanitária e sabão o suficiente nas ruas, praças e esgotos a cidade seria totalmente lavada e imunizada, ao menos, externamente do tal vírus. Bom, pode ser só devaneio de uma mente que está engordando em segurança e lendo muita ficção, mas que daria uma boa cena de filme daria sim!
Mas no meio de tantas hipóteses sobe a “chuva assintomática”, a qual, eu realmente creio é a de que, se deus existisse ele deveria fazer chover álcool 70 ou água sanitária.