InFeto13 de jun. de 20201 min para lerDelirium tremens somnusAtualizado: 4 de mar. de 2021Prenúncios em anúncios vagos preenchiam meu sonoTragédias italianas sufocavam as pálpebrasNREM, REM... “SEM” pazAlfa, Beta, Delta, TetaSem ritmo, frequência ou fasesApenas meu corpo gélido, jazido na camaMãe viva fantasma, irmã tola enforcadaMundo cão relinchando para mimFeito uma coruja mamífera cacarejantePeríspirito ágil, corpo paralisado, mente escafiadaVentilador numa gemedeira de dar arrepiosFrigobar em ataques epilépticos com delíriosSuando frio, por sobre a quentura de suas lateraisTomadas sugadoras de energias e féPés da cama numa intermitente euforiaSeguro-me nos corrimãos do colchãoPeríspirito e cadáver sonífero entram em combateQuero erguer-me, mas não consigoQuero gritar, mas não possoQuero libertar-me, mas sou detentoQuero acordar, mas tenho o sono da morteEscala Richter alguma poderia mensurar os tremoresDo que quer que esteja sob minha camaErgo-me num ressuscitoChoro, sufoco, acordoNão sei o que fazer...Ruídos noturnos ainda me atormentamTic-tac; o frigobar; o ventilador; a pia gotejante Rezo silenciosamente, em agradecimento a Thomas EdisonEsquento um leite, em recusa de encarar o negro do caféEscrevo esse poema, no papel do pãoSento-me pavoroso sobre os calcanharesSem coragem de encarar as placas tectônicasQue estremecem no país existente sob minha cama.
Prenúncios em anúncios vagos preenchiam meu sonoTragédias italianas sufocavam as pálpebrasNREM, REM... “SEM” pazAlfa, Beta, Delta, TetaSem ritmo, frequência ou fasesApenas meu corpo gélido, jazido na camaMãe viva fantasma, irmã tola enforcadaMundo cão relinchando para mimFeito uma coruja mamífera cacarejantePeríspirito ágil, corpo paralisado, mente escafiadaVentilador numa gemedeira de dar arrepiosFrigobar em ataques epilépticos com delíriosSuando frio, por sobre a quentura de suas lateraisTomadas sugadoras de energias e féPés da cama numa intermitente euforiaSeguro-me nos corrimãos do colchãoPeríspirito e cadáver sonífero entram em combateQuero erguer-me, mas não consigoQuero gritar, mas não possoQuero libertar-me, mas sou detentoQuero acordar, mas tenho o sono da morteEscala Richter alguma poderia mensurar os tremoresDo que quer que esteja sob minha camaErgo-me num ressuscitoChoro, sufoco, acordoNão sei o que fazer...Ruídos noturnos ainda me atormentamTic-tac; o frigobar; o ventilador; a pia gotejante Rezo silenciosamente, em agradecimento a Thomas EdisonEsquento um leite, em recusa de encarar o negro do caféEscrevo esse poema, no papel do pãoSento-me pavoroso sobre os calcanharesSem coragem de encarar as placas tectônicasQue estremecem no país existente sob minha cama.