InFeto13 de jun. de 20201 min de leituraBarflyAtualizado: 4 de mar. de 2021Todos os dias há um momento em que sou o mais forte dos homensÉ quando me ergo com a maldição do sobreviver sobre meus estilhaçosMesmo invisível, eu insisto e apareço, carregando a mim mesmoSó quem leva o próprio cadáver nas costas, compreendeRastejo, mas ando; “fedo”, mas inspiro; morto, mas vivoCumpro minhas tarefas de [sob]sobrevivênciaBusco a melhora, evito a derrota, venço o segundo, perco as horasSinto cheiro do meu desejo, exalando de mimVejo os piores e mais frustrantes olhares... sobre mimCarrego meu destino, lavo minha alma, varro a consciênciaMas permaneço na imundície etílica do calabouço prisionalO avançar das horas decide meu caminho, minha sina...Vem o primeiro trago, a primeira grade da liberdadeVem o segundo trago, a segunda grade da liberdadeVem o terceiro trago, a terceira grade da liberdadeVêm os próximos tragos, com o ferrolho e cadeado da prisãoMe perco nos tragos e me estrago, me farroupilho, me libertoSigo cambaleante, mesmo quando parado no balcãoSigo embalado, mesmo quando nada mais há na garrafa em minha mão E por maior e mais labirintoso que seja meu caminhoSempre encontro a entrada do inferno, cumprimento o Cão e desmaioSempre encontro a saída, mas tenho em mente todo o mapa do retornoNo fim das contas, na maioria das vezes, pago a contaE só eu levo em conta que, não importa saída ou entrada, lata, copo ou garrafaEu sempre marcharei para a mesma sarjeta da noite passada.
Todos os dias há um momento em que sou o mais forte dos homensÉ quando me ergo com a maldição do sobreviver sobre meus estilhaçosMesmo invisível, eu insisto e apareço, carregando a mim mesmoSó quem leva o próprio cadáver nas costas, compreendeRastejo, mas ando; “fedo”, mas inspiro; morto, mas vivoCumpro minhas tarefas de [sob]sobrevivênciaBusco a melhora, evito a derrota, venço o segundo, perco as horasSinto cheiro do meu desejo, exalando de mimVejo os piores e mais frustrantes olhares... sobre mimCarrego meu destino, lavo minha alma, varro a consciênciaMas permaneço na imundície etílica do calabouço prisionalO avançar das horas decide meu caminho, minha sina...Vem o primeiro trago, a primeira grade da liberdadeVem o segundo trago, a segunda grade da liberdadeVem o terceiro trago, a terceira grade da liberdadeVêm os próximos tragos, com o ferrolho e cadeado da prisãoMe perco nos tragos e me estrago, me farroupilho, me libertoSigo cambaleante, mesmo quando parado no balcãoSigo embalado, mesmo quando nada mais há na garrafa em minha mão E por maior e mais labirintoso que seja meu caminhoSempre encontro a entrada do inferno, cumprimento o Cão e desmaioSempre encontro a saída, mas tenho em mente todo o mapa do retornoNo fim das contas, na maioria das vezes, pago a contaE só eu levo em conta que, não importa saída ou entrada, lata, copo ou garrafaEu sempre marcharei para a mesma sarjeta da noite passada.