InFeto11 de jun. de 20202 min para lerAqueles olhos de IvoneAtualizado: 4 de mar. de 2021Quando aqueles olhos de Ivone repousaram sobre mimSenti o verdadeiro peso da estrada tortuosa Que eu teria que percorrer para chegar onde queriaNão foram os primeiros nem os últimosMas o que minha alma mais sentiu e ressentiuCórneas de chumbo, íris cavalgadas em ódioDaqueles olhos de Ivone jamais esquecereiDe mim, eles não devem lembrarGente com aquele olhar tem tanto rancor em siQue deve ficar difícil associar. Mesmo sendo inteligente, afável e decididaMinha estrada se desenhava íngreme e acidentadaPor conta da cor de minha genética capa epitelial Eu não tinha culpa, muito menos o que culparE, apesar da desculpa que eles tinham, não aprendi a odiarEu segui meus caminhos, sem mapas, GPS ou apadrinhamentoEncontrei olhos afins em muitas esquinas, retas e encruzilhadas. Quem aqueles olhos alcança, o destino duro haverá de serQuando aquelas córneas me abraçaram pela primeira vezSenti-me esmagada pela ignorância e crueldadeAtravés daquelas íris verdes, vi tudo se perderMas foram elas que untaram meu coração da força que precisavaDo crucial para seguir em frente, onde quer que eu fosseForam aqueles olhos cegos de bondade que me ajudaramA enxergar a razão e a fé em meus caminhos. Não sei por onde andam os selvagens olhos verdes de IvoneMas sei que eles estão em todos os lugaresE sempre estarão achacando alguém; esta chaga nunca fecharáDiante daqueles quem detêm estes olharesSempre serei, feia, petulante, insipiente e insignificanteMas dentro de mim e por quaisquer rumos que eu tenha a seguirA negritude é bela, os chãos são livres, e a força, plena. Que todos os olhos de Ivone voltem-se ao interior de seus donosPara que possam se assombrar com a feiura que há dentro de siE, lá dentro, fiquem por algum tempo aprisionadosNo mundo das mágoas, intolerâncias, ojerizas e rancoresPara que enxerguem a cegueira que os guiam e os corroem.
Quando aqueles olhos de Ivone repousaram sobre mimSenti o verdadeiro peso da estrada tortuosa Que eu teria que percorrer para chegar onde queriaNão foram os primeiros nem os últimosMas o que minha alma mais sentiu e ressentiuCórneas de chumbo, íris cavalgadas em ódioDaqueles olhos de Ivone jamais esquecereiDe mim, eles não devem lembrarGente com aquele olhar tem tanto rancor em siQue deve ficar difícil associar. Mesmo sendo inteligente, afável e decididaMinha estrada se desenhava íngreme e acidentadaPor conta da cor de minha genética capa epitelial Eu não tinha culpa, muito menos o que culparE, apesar da desculpa que eles tinham, não aprendi a odiarEu segui meus caminhos, sem mapas, GPS ou apadrinhamentoEncontrei olhos afins em muitas esquinas, retas e encruzilhadas. Quem aqueles olhos alcança, o destino duro haverá de serQuando aquelas córneas me abraçaram pela primeira vezSenti-me esmagada pela ignorância e crueldadeAtravés daquelas íris verdes, vi tudo se perderMas foram elas que untaram meu coração da força que precisavaDo crucial para seguir em frente, onde quer que eu fosseForam aqueles olhos cegos de bondade que me ajudaramA enxergar a razão e a fé em meus caminhos. Não sei por onde andam os selvagens olhos verdes de IvoneMas sei que eles estão em todos os lugaresE sempre estarão achacando alguém; esta chaga nunca fecharáDiante daqueles quem detêm estes olharesSempre serei, feia, petulante, insipiente e insignificanteMas dentro de mim e por quaisquer rumos que eu tenha a seguirA negritude é bela, os chãos são livres, e a força, plena. Que todos os olhos de Ivone voltem-se ao interior de seus donosPara que possam se assombrar com a feiura que há dentro de siE, lá dentro, fiquem por algum tempo aprisionadosNo mundo das mágoas, intolerâncias, ojerizas e rancoresPara que enxerguem a cegueira que os guiam e os corroem.