InFeto13 de jun. de 20201 min para lerA bananeiraAtualizado: 4 de mar. de 2021 A vida é como uma saliente e robusta bananeira de cinco metros de altura. Os melhores frutos estão no topo. Onde um simples equilíbrio na ponta dos dedos não pode alcançá-los. Por mais cansativo e doloroso que seja, por mais trabalhoso e merecedor que pareça. É preciso mais, muito mais que isso, para saboreá-los. É impossível tê-los sem derrubar o tronco. É imprescindível abacás, para suportar, a escalada em seu corpo... em seu talo escamoso, suculento, falso e escorregadio. Costure-se nas bainhas das folhas da bananeira. Para saber a sua própria origem e desvendar o que há nela. Terá que descobrir suas verdades e ausências; terá que cavar, serrar e beber do seu subterrâneo. Uma imersão na terra do desespero e do conhecimento, para amadurecer os frutos... sem o uso de carbureto. Seu verdadeiro caule está dentro de você. Onde suas mãos não chegarão, nem seus olhos verão, se não cortar o pseudocaule, se não cortar a superficialidade, não gozará do fruto e ele apodrecerá. Cairá peco ou servirá de alimento para insetos e pássaros. Irá padecer e feder, afetando todo o caule e tudo ao seu redor. Derrube o tronco, amorteça os frutos, aprecie sua estrutura e os consuma nas diversas formas: compota, farinha, doce, geleia, creme, licor, etc. Seja nanica, maça, prata, d’água, terra, etc. É o seu fruto! Que foi pedido, dado, cultivado e, se merecido, obtido. Corte o caule, o falso caule: pseudocaule. Para aproveitar e permitir novos frutos nascerem.
A vida é como uma saliente e robusta bananeira de cinco metros de altura. Os melhores frutos estão no topo. Onde um simples equilíbrio na ponta dos dedos não pode alcançá-los. Por mais cansativo e doloroso que seja, por mais trabalhoso e merecedor que pareça. É preciso mais, muito mais que isso, para saboreá-los. É impossível tê-los sem derrubar o tronco. É imprescindível abacás, para suportar, a escalada em seu corpo... em seu talo escamoso, suculento, falso e escorregadio. Costure-se nas bainhas das folhas da bananeira. Para saber a sua própria origem e desvendar o que há nela. Terá que descobrir suas verdades e ausências; terá que cavar, serrar e beber do seu subterrâneo. Uma imersão na terra do desespero e do conhecimento, para amadurecer os frutos... sem o uso de carbureto. Seu verdadeiro caule está dentro de você. Onde suas mãos não chegarão, nem seus olhos verão, se não cortar o pseudocaule, se não cortar a superficialidade, não gozará do fruto e ele apodrecerá. Cairá peco ou servirá de alimento para insetos e pássaros. Irá padecer e feder, afetando todo o caule e tudo ao seu redor. Derrube o tronco, amorteça os frutos, aprecie sua estrutura e os consuma nas diversas formas: compota, farinha, doce, geleia, creme, licor, etc. Seja nanica, maça, prata, d’água, terra, etc. É o seu fruto! Que foi pedido, dado, cultivado e, se merecido, obtido. Corte o caule, o falso caule: pseudocaule. Para aproveitar e permitir novos frutos nascerem.